Que Historia é essa de Ratanabá!?
Por: J. Nito
Desde o inicio da corrente década de 2020 imagens como esta acima, chamadas de “Quadras de Ratanabá” e historias referentes a cidades perdidas na Amazônia, sobre tudo na Amazônia brasileira, vem surgindo na internet. A Associação Ecossistema Dakila Pesquisas vem encabeçando um conjunto de descobertas nas áreas da História, Arqueologia, Astronomia, Cosmologia, entre outras. Enquanto uma parte da população acompanha os estudos feitos pela associação de forma entusiasmada e outra parte, defensora das ditas teorias oficiais, tenta negar as novas teorias e ate mesmo impedir o trabalho das equipes no território brasileiro.
Com pesquisas também nas áreas da ufologia e no prolongamento da vida, o presidente do Ecossistema Dakila, Urandir Fernandes de Oliveira pesquisador em Ciência Lilarial (tudo aquilo que a ciência convencional não explica), é alvo de perseguições desde o início de seus projetos.
Teses pseudocientíficas.
Em um dossiê com o titulo: "A Dakila Pesquisas e as licenças para pesquisas arqueológicas na Amazônia brasileira", publicado em 16 de maio de 2024 pela SBA, (Sociedade de Arqueologia Brasileira), diz que as descobertas feitas por Dakila “confrontam o conhecimento científico acumulado pela Arqueologia, História, Geologia, Geografia, Astrofísica, Antropologia, Biologia [...] preocupa o fato de que essa empresa possa, através de algum arqueólogo ou arqueóloga integrante de sua equipe, vir a receber licença para pesquisas arqueológicas”. O documento ainda diz que o Ecossistema Dakila faz propagação de teses pseudocientíficas. O dossiê foi elaborado pelo Prof. Dr. Artur Henrique Franco Barcelos, Historiador e Arqueólogo da Universidade Federal do Rio Grande – FURG.
Mas... que História é e essa de Ratanabá e Peabiru?
Segundo informações passadas pelos pesquisadores de Dakila nas redes digitais, Ratanabá é uma palavra do idioma Irdin, significando "dos reinos para o mundo". O Irdin é uma língua antiga falada pela primeira civilização da Terra, os Muril. Durante as pesquisas a equipe encontrou essa palavra em diversas pedras e gravuras, em diferentes regiões do país. Sobre o Caminho de Peabiru, a equipe de pesquisadores aponta ser o caminho que permitiu a conexão e o intercâmbio entre diferentes culturas e civilizações indígenas da América do Sul, como os Guaranis e os Incas, ao longo de grandes distâncias. A trilha de aproximadamente 4.000 milhas (6.437,38 km) ligava o Oceano Atlântico aos Andes e Oceano Pacifico, sendo o intercâmbio entre diversas culturas nativas por séculos antes da chegada dos europeus.
RATANABÁ • A CAPITAL DO MUNDO • DAKILA PESQUISAS
Pé de Ratanabá
Em meados de 2022, a equipe de Dakilas encontrou uma pegada fossilizada numa rocha na região de Paranaíta no Mato Grosso. A pegada, chamada agora de "Pé de Ratanabá", apresenta 2,41m, dando a entender que o responsável por essa marca teria em média de 12 a 14m de altura. O presidente da instituição afirma que "Estas pegadas fazem parte do Caminho de Peabiru, que nos levou a Ratanabá. Todo o caminho é demarcado por "pisadas" deste tipo, assim podendo nos trazer várias respostas ao estudo da cidade de Ratanabá. São relíquias arqueológicas, onde diversos profissionais de todo o mundo estão catalogando-as e podem mostrar uma história que não se encaixa hoje", e ainda afirma que o achado não esta catalogado no IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e nem no próprio município de Paranaíta.: “É uma descoberta exclusiva nossa, algo extraordinário. Vamos chamar de “Pé de Ratanabá” para demarcar diversas pistas deixadas por uma grande civilização que habitou a terra um dia, na região amazônica”, completa dizendo que esse fóssil é um sinal de que a história da humanidade na Terra deve ser reescrita, pois indicam que os seres humanos já viveram com os gigantes.
Parceria com o Governo de São Paulo
Nos canais de comunicação de Dakila foi divulgado recentemente uma parceria com o Governo de São Paulo por meio da Secretaria de Turismo e Viagens (Setur-SP), assinada dia 21 deste ano. A parceria apresenta um protocolo de intenções para o desenvolvimento do Caminho de Peabiru, caminho este que leva ate Ratanabá, o antigo e famoso em nossa historia: "caminho para o Eldorado". Nas palavras de Urandir Fernandes de Oliveira: "O Caminho do Peabiru é um testemunho inestimável da mobilidade, conectividade e engenhosidade dos povos indígenas, mostra como essas civilizações estabeleceram redes de comunicação e transporte em uma escala impressionante, bem antes da colonização européia."
Assinatura do Protocolo de Intenções Governo de SP e Ecossistema Dakila - Caminho Peabiru
Peabiru: A malha viária mais antiga do mundo
Que País é Esse!?
Desde que me entendo por gente ouço dizer que o Brasil precisa ser redescoberto, que nossa Historia esta cheia "historias mal contadas". É curioso o fato de termos tantas descobertas sendo reveladas e publicadas por pesquisadores e arqueólogos sérios, que vão a campo fazerem seus trabalhos, sendo perseguidos pela dita ciência acadêmica ou cancelados nas redes digitais. Que pais é esse!?
Responder essa pergunta não é tarefa fácil. Contudo, como professor, recorro-me ao Patrono da Educação Brasileira, Paulo Freire, declarado em 3 de abril de 2012 pela Presidenta Dilma Rousseff e a Roquette Pinto, antropólogo e educador brasileiro.
Paulo Freire sempre deixou claro em suas pedagogias a importância de se "Pensar Certo". De acordo com as teorias pedagógicas do educador, pensar certo "Implica procura, descoberta e entendimento do que está escondido nas coisas e nos fatos observados e analisados. Implica em problematização e problematização implica em descobertas, em ação reflexiva e autoria da própria aprendizagem." Reafirma também que "o pensar certo somente se concretiza em contexto verdadeiramente democrático, é um estado humano de construção histórico-social, que se orienta na e para a humanização por meio da educação e da política. Educação e política unidas, feitas por meio do agir social, forjado no seio da consciência crítica". "Pensar certo somente pode ser entendido como um pesar curioso, inquiridor, crítico: consciente e autônomo, livre das amarras opressoras da alienação".
Outro pensador de nossa Historia, Roquete Pinto, reflete em sua obra ‘O Brasil e a Antropogeographia’: “É preciso estudar o Brasil com seus encantos e suas tristezas, para amá-lo conscientemente: estudar a terra, as plantas, os animais, a gente do Brasil.”
Brasil, mostra sua cara!
Destarte, é preciso que os brasileiros que, verdadeiramente tem interesse em ver esse país ocupar o seu lugar na Historia, se unam em prol da nosso verdadeira História: sem paixões, romanizações e teorias sofistas (essas sim pseudocientíficas) sobre nossa origem. Que o Presidente Lula da Silva e seu governo de a devida atenção aos estudos de campo feitos por esses verdadeiros "brasilianistas", brasileiros natos, que estão comprometidos com a nosso Historia. Que nenhum atravessador tente impedir as licenças governamentais para pesquisas arqueológicas no Brasil só por que não estão de acordo com sua visão de mundo.
Brasileiros e brasileiras, pesquisadores inquietos de todo o país, uni-vos!
ANEXO
Parecer técnico na região conhecida como Ratanabá:
Dossiê contra licenças de pesquisas arqueológicas de Dakila:
https://www.sabnet.org/informativo/view?TIPO=1&ID_INFORMATIVO=1211
https://www.dakilanews.com.br/post/ratanaba
Fontes das aspas de Paulo Freire e aspas de Roquette Pinto, antropólogo e educador brasileiro:
https://www.uel.br/revistas/lenpes-pibid/pages/arquivos/3%20Edicao/02%20ARTIGO%20SARA%20at%20al.pdf
https://periodicos.ufcat.edu.br/index.php/espaco/article/view/74638/39045